quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fé em Deus e pé na tábua

Sempre acreditei nessa máxima. Vivi uma passagem que retrata literalmente esse cenário. Certo dia, aos 10 anos, fui à cidade com meus pais, na velha Ford verde abacate, que era nosso meio de transporte na época. Produzíamos casulos de bicho-da-seda e papai estava levando a produção para entregar na fábrica. Na descida da ladeira, a bela ficou sem freio. Só me lembro de minha mãe me jogando no chão e gritando, Deus nos acuda! Disparamos na contramão e fomos parar num barranco, sem um arranhão. Eu, particularmente achei a aventura uma diversão. Minha mãe ficou apavorada o resto da semana. O fato é que a vida seguiu seu curso e não fosse o braço forte de meu querido pai, teríamos morrido os três. Nessa época eu era um tanto cética em relação à fé e religiosidade. Não frequentei a catequese porque morava longe da cidade e passava vergonha ao ir na missa, não sabia rezar nem o Pai Nosso. Confesso que fui aprender as orações direito depois de adulta, por minha conta e risco. Não acho que a catequese me fez falta. E seguindo a mesma linha, não matriculei meus filhos para a primeira comunhão. Me sinto meio agnóstica quando lembro disso e até um pouco irresponsável. Mas,quando vejo os escândalos envolvendo bispos e padres por pedofilia ou por se apossar de dinheiro alheio, me tranquilizo. Acho que Deus existe. E é meu amigo. Pois, sem essa crença eu jamais teria saído da fazenda, da minha vida pacata e enfrentado o mundo. Portanto, vamos fazer valer a máxima e Fé em Deus e pé na tábua, agora e sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário